Segundo o Relatório da Comissão Mundial de Barragens (CMB) do ano de 2000, entre 40 e 80 milhões de pessoas foram deslocadas, devido à construção de barragens nos últimos 50 anos, com prejuízos em seus meios de subsistência que repercutiram sobre seu patrimônio cultural, ambiental e monumentos históricos. De acordo com o mesmo relatório, no estado de Minas Gerais existem cerca de 134 grandes e médias barragens, que contribuem para a constituição deste quadro.
A cidade de Itueta, às margens do Rio Doce, encontra-se inserida nesse processo. Durante o ano de 2005 a cidade teve seu espaço ocupado pelas águas da Hidrelétrica de Aimorés (consórcio formado pela Companhia Energética de Minas Gerais e pela Companhia do Vale do Rio Doce). Segundo dados da revista Istoé, a construção da barragem implicou no deslocamento espacial daquela comunidade ocasionando impactos de ordem social, econômica, cultural e ambiental sobre a população.
Apesar do crescimento, ao nível nacional, dos movimentos de atingidos pelas barragens (MAB), o caso de Itueta testemunha as dificuldades em frear um modelo de desenvolvimento que se perpetua há décadas nos mesmos moldes, desterritorializando e realocando populações tradicionais para exploração de recursos naturais indispensáveis para a implementação de mega projetos.
Logo, o Projeto Estação Itueta, pretende, por meio da produção de um documentário, atribuir visibilidade e oferecer voz àqueles que são afetados direta e indiretamente por este fenômeno e dessa forma discutir criticamente até que ponto o progresso econômico justifica seus impactos sobre a existência de pequenas e médias populações.
A cidade de Itueta, às margens do Rio Doce, encontra-se inserida nesse processo. Durante o ano de 2005 a cidade teve seu espaço ocupado pelas águas da Hidrelétrica de Aimorés (consórcio formado pela Companhia Energética de Minas Gerais e pela Companhia do Vale do Rio Doce). Segundo dados da revista Istoé, a construção da barragem implicou no deslocamento espacial daquela comunidade ocasionando impactos de ordem social, econômica, cultural e ambiental sobre a população.
Apesar do crescimento, ao nível nacional, dos movimentos de atingidos pelas barragens (MAB), o caso de Itueta testemunha as dificuldades em frear um modelo de desenvolvimento que se perpetua há décadas nos mesmos moldes, desterritorializando e realocando populações tradicionais para exploração de recursos naturais indispensáveis para a implementação de mega projetos.
Logo, o Projeto Estação Itueta, pretende, por meio da produção de um documentário, atribuir visibilidade e oferecer voz àqueles que são afetados direta e indiretamente por este fenômeno e dessa forma discutir criticamente até que ponto o progresso econômico justifica seus impactos sobre a existência de pequenas e médias populações.
7 comentários:
Aceita-se comentarios!!!
Agora botei fé... recomeçou bem... (mandou ver tutu)
pessoal, é isso aí! achei muito interessante. Vamos para o NAV editar o material que vocês tem. O Espírito Santo vai ter um monte de "Ituetas" em breve. Quero ver trechos de entrevistas.
Parabéns!
sandrão
As fotos são lindas Bia!!!!!
Muito legal a iniciativa de vocês!
maria inês
é triste isso..um povoado pequeno pouco importa pra quem quer faturar muito...ao existe respeito por estas pessoas, elas naum sao consideras,a nao ser como extorvos que precisam ser eliminados...por favor...tanto fala-se em valorisar a cultura,em direitos humanos, e cade o direito destas pessoas de opinarem sobre suas vidas, pois o lugar onde cresceram, nasceram, ou mesmo que tenham recentemente escolhido este lugar como moradia, fas parte de suas vidas....senao favorece os grandes e eles naum ganham com isso, danem-se..lamentavel...lamentavel que estas pessoas nao signifikem nada,que as frases das crianças naum signifikem nada..
Oi,meu nome é Telma,sou natural de Ituêta,sou?onde está a minha cidade natal, a não ser na minha lembrança,em fotos muito poucas.É um absurdo o que foi feito com a minha Ituêta,nossa cidade,estive em BH,em 01/02/2009,voltei de trem,como foi triste,olhar aquelas aguas e saber aparencia serena,proucurar a pracinha,a igreja,posto médico,prefeitura,colégio e a estação de trem...,um ir e vir os doces vendidos,sustento de muitos,o cemitério cinzas,lembranças,tristezas nem uma placa indicando aqui teve uma cidade,pequena,mas com muito respeito entre seus moradores,da musica caipira no entardecer da sinceridade de pessoas simples. cadê o respeito humano?humano? como não chorar?
(Foi escrito por Telma, minha mãe, estou postando aqui para ela. :P)
Olá Bianca Sperandio!
Gostaria de exibir este trabalho nas escolas onde trabalho, como fazer contato estou mobilizando meus colegas das áreas de humanas para que seja feito um colóquio,
sou Cida Ribeiro, professora de Filosofia e tenho o apoio dos professores de Geografia, Historia e sociologia escola pública de ensino médio.
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